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Foto do escritorDr. DAVID BARBOSA JUNIOR

Como encarar o divórcio de forma tranquila

Muitos que já passaram por isso, sabem que toda separação é uma perda para ambas as partes, e na maioria das vezes é um processo muito complicado.


É realmente um processo de "luto".


Porém, neste post, vou demonstrar como é possível facilitar e planejar alguns assuntos específicos durante o processo. Vejamos algumas atitudes que costumam dar auxiliar:


1. pensar sempre no bem-estar dos filhos,

2. pensar também no lugar do outro e no bem-estar do próprio casal,

3. pensar na divisão do patrimônio de forma madura e racional. (clique e veja o post sobre o assunto de partilha em regime de bens).


A calma, a paciência e o respeito é o caminho mais rápido para manter a PAZ. Essa paz do momento e a paz futura realmente não tem preço.



Veja algumas dicas práticas ;


1. Tome a decisão


Por experiência própria digo que, chega àquele momento que você percebe que o relacionamento não tem mais futuro. Às conversas não fluem mais, e a intolerância vai tomando conta do ambiente.


Internamente, cada um sabe o momento, é importante manter a calma, conversar, tentar encontrar soluções.


Muitos postergam. Não querem aceitar. E se sujeitam a situações e condições que podem acabar piorando, como vemos diariamente nos noticiários, casos de agressão e morte ou mesmo acabam por entrar em depressão.


Normalmente, deve-se tentar a manutenção do relacionamento. Porém, após estas tentativas deve-se tomar uma decisão, uma postura.


Neste momento é necessário CORAGEM.


Muitas questões serão discutidas à partir do momento desta decisão, maiormente se o casal possuir filhos. E não adianta tentar "tapar o sol com a peneira", tem que dialogar.


Um dos pontos intrigantes que sempre analiso e converso nas mediações realizadas, consultas no escritório e com amigos, é que a forma que o casal, desde a época do namoro, se relacionou e lidou com as questões como:


  • escolha do regime de bens,

  • patrimônio,

  • financeiro,

  • pequenos conflitos, até a divisão de pequenas, certamente influenciará nas questões inerentes a separação e divórcio.



Por esse motivo, se você que está lendo este texto e ainda não casou, mantenha desde o início de seu relacionamento, a transparência. Converse abertamente sobre dinheiro, mostre sua opinião, não se esconda e não tenha vergonha de falar sobre regime de bens, sobre dinheiro. Muitos casais acabam não se conhecendo profundamente. E isso afeta o relacionamento.


E infelizmente, quando ocorre a separação e divórcio, aí sim percebemos a falta de um posicionamento lá no início ou durante o relacionamento.


2. Converse com amigos ou familiares


Sempre é bom um ombro amigo, ter uma pessoa que você pode contar e desabafar.

Esta atitude ajudará a manter a calma, relaxar e tomar decisões assertivas.

Recomendo, definir a data da separação, após tomada da decisão.

É muito prudente fazer uma escritura pública informando que não estão mais juntos.


Após este ato, para saber quais os direitos de cada cônjuge e como será a partilha, será preciso analisar o tempo de casados, qual o regime de bens, se existe pacto pré-nupcial, quem realiza a manutenção do lar e como funcionava a divisão dos custos e despesas.


Sempre que existem filhos menores, é necessário resolver judicialmente, pois serão resolvidas questões como guarda, alimento e visitas.


Quando é apenas o casal, essas coisas podem ser resolvidas extrajudicialmente, com a ajuda de um advogado especializado.


Em todos os casos, o casal pode combinar uma pensão provisória para o período entre a separação e o fim da ação de divórcio. Nos casos de mulheres que optaram se afastar do mercado de trabalho para cuidar da família, existe uma pensão transitória, que pode ser estabelecida até determinada circunstância como, por exemplo, a recolocação profissional.


3. Não brigue na frente das crianças

Evite discussões. Mas se não tiver como evitar, as discussões devem ocorrer por telefone, quando seus filhos não estão por perto. Pense sempre no bem das crianças, evite que elas presenciem os confrontos entre vocês.


Sempre digo que, a relação conjugal (entre marido e mulher) pode acabar, mas a relação parental( pais e filhos) irá perdurar.


Lembre-se que vocês construíram a família, e ela deve ser preservada com equilíbrio, calma, e maturidade dos pais.


Pense que cada coisa será resolvida no seu devido tempo.


4. Sorria


Por mais que seja muitas vezes difícil, a falta de um sorriso ou simpatia ao entregar o filho ao seu parceiro(a)  pode fazer com que a criança sinta-se inconscientemente culpada por estar partindo.


Por isso, neste momento, mantenha a razão, postura e consciência, dê um sorriso.


Deixe seu filho(a) saber que ele não precisa se preocupar com você.


5. Converse com o seu filho(a)


Quando receber o seu filho da casa do seu ex-parceiro(a), pergunte, mostre interesse.


Esse comportamento mostrará tranquilidade com o tempo que a criança passou sem a sua companhia.


6. Envolva outras pessoas no processo de divórcio e convivência


Procure incluir outros adultos confiáveis ​​na vida do seu filho, além dos avós e familiares dedicados. Quanto mais pessoas apoiarem a criança, menos ela vai sentir a tensão do rompimento.

7. Evite comportamentos destrutivos como:


  • ...elevar o tom de voz e gritar.

  • ...bater portas e demonstrar raiva de maneira violenta.

  • ...xingar e utilizar palavras grosseiras.

  • ...culpar o outro por todos os problemas.

  • ...ser irônico e agressivo.


Pense nisso....


* Conteúdo informativo, baseado na experiência pessoal e prática em processos de divórcio, separação, guarda e alimentos.

Muitos solucionados através da mediação de conflitos, onde a prioridade é o empoderamento e o diálogo entre os envolvidos.


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