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Foto do escritorDr. DAVID BARBOSA JUNIOR

O Simulador do INSS é confiável?



Afinal de contas, esse simulador do portal MeuINSS é confiável?


É pelo menos uma boa aproximação do tempo de contribuição e do valor da aposentadoria?


Erra muito ou erra pouco?


Pois é! O simulador do Meu INSS não é confiável e você vai descobrir o porquê.


Deixar os cálculos por conta do simulador do INSS, ainda pode fazer com que você deixe de garantir o melhor benefício.


O INSS é quem paga as aposentadorias e benefícios. Se ele for errar num cálculo e errar para menos, ele sai ganhando ou perdendo?


Na simulação de aposentadoria, o tempo de contribuição está certinho?


Será que ele considera todos os períodos de contribuição com fator multiplicador corretamente?


Infelizmente não se pode confiar.


O que é o simulador do INSS?


É importante entender o que é o simulador e você vai descobrir alguns probleminhas bem interessantes…


Bom, o portal do Meu INSS oferece uma ferramenta que apresenta as informações de cada benefício com os seus requisitos.


Então, o simulador usa como base os períodos de contribuição do CNIS para calcular o tempo de contribuição e a carência.


Com isso, o simulador informa:

  • se o segurado tem direito ou não a aposentadoria

  • quando falta pouco tempo pra cumprir os requisitos

  • o valor aproximado da RMI do benefício


Parece simples, mas não é!

Por que o simulador do INSS não é confiável?


Conheço muitas pessoas que solicitaram a aposentadoria só com base no simulador e tiveram o benefício negado.


Acredite, isso é mais comum do que parece!



O próprio simulador deixa claro que aquela simulação não garante o direito ao benefício:


“Este demonstrativo é uma simulação, por isso não garante direito ao benefício. Algumas informações podem ter sido incluídas ou alteradas durante a simulação. Ao solicitar o benefício, o INSS pode pedir que você apresente documentos para comprovação dos períodos trabalhados/contribuídos”.

E não é para menos… Infelizmente, quando a gente fala em calcular aposentadorias, muitas variáveis precisam ser analisadas.


E o CNIS é só um dos vários documentos que precisam ser conferidos.


Além disso, o CNIS nem sempre traz todos os dados corretos.


Na verdade, é muito difícil encontrar um CNIS sem nenhuma pendência.


Calcular uma aposentadoria só com base em um documento que pode estar cheio de pendências e dados faltando..


Não tem como isso dar certo!


Por isso é tão arriscado fazer uma análise previdenciária ou até mesmo tentar fazer um planejamento com base no simulador.


O simulador ainda tem uma série de limitações. Vejamos:


  • · Não calcula os benefícios específicos

O simulador é voltado para os benefícios comuns, ou seja, os benefícios calculados são só aqueles que seguem as regras gerais.


Então, se você tiver direito a um dos benefícios específicos como, Aposentadoria Especial, Aposentadorias de Professor ou Aposentadorias de Pessoas com Deficiência não será analisado.


Se exerce ou exerceu alguma atividade que se enquadre como Especial, ou se trabalha na área de ensino, nem adianta se basear no simulador.


  • · Falta transparência nos dados considerados

Nenhum cálculo é feito sem dados. Então, saber quais dados estão ou não sendo considerados faz toda diferença!


O simulador deixa de mostrar, entre outros, são os salários de contribuição que entraram no cálculo da RMI.


Um outro ponto é que, para calcular a RMI, não são só os salários que importam.

Existem outros pontos que também são considerados no cálculo da RMI, como:

  • o fator previdenciário

  • as alíquotas ou coeficientes de benefício

  • a aplicação do divisor mínimo, a depender do benefício.

Esses pontos fazem muita diferença no cálculo!


  • · Não é possível simular vários cenários no simulador do INSS


O simulador do INSS, embora tenha esse nome, só simula um cenário: o na data em que a análise está sendo feita.


Assim, se você quiser simular as contribuições futuras do pelo simulador para ter uma ideia de como ficaria a RMI, não vai ser possível.


E se você ainda quiser simular situações mais específicas sobre considerar ou não um período, nem adianta querer usar o simulador, porque não tem como.


Conclusão


A Reforma trouxe tantas mudanças que, um bom planejamento pode fazer muita diferença na hora de receber o melhor benefício.


Como observamos, são muitas as limitações do simulador do INSS.


O Planejamento envolve simular vários cenários, inclusive futuros, para encontrar o MELHOR BENEFÍCIO.


Vou te dar um exemplo que aconteceu no caso de um cliente.


O cliente informou que queria fazer um planejamento previdenciário, pois pelo simulador ele viu que faltava pouco pra se aposentar.


Fui conferir a informação no simulador e constava um pouco mais de 34 anos de tempo de contribuição.


Depois de uma entrevista com o meu cliente, soube que ele tinha trabalhado um tempo no Exército e, na análise do CNIS, já pude verificar que esse período estava com um indicador de RPPS.


O simulador não considera esse período na contagem.


Só por essa análise, eu já sabia que meu cliente, na verdade, tinha mais de 34 anos de contribuição se fosse averbado esse período de RPPS.


Realizei o cálculo com base no CNIS e verifiquei que ele tinha, no total, quase 38 anos de contribuição.


Inclusive, o cliente já tinha direito a mais de um benefício.


Além disso, também pude conferir a Renda Mensal Inicial - RMI correta já que esse tempo de contribuição a mais também refletiu no coeficiente dos benefícios pós-Reforma.

Percebe como não dá pra confiar no simulador?


Sem essa análise, meu cliente poderia ter perdido o melhor benefício.


Assim, após fazer a análise de cada caso, emitimos um relatório que traz todas as informações de forma simples e facilmente compreendidas.


Através do planejamento previdenciário, da análise e do cálculo, é possível saber:

  • Os requisitos mínimos para cada benefício;

  • A contagem do segurado para cada um dos requisitos na DIB;

  • Caso não tenha completado todos os requisitos, é possível ver a data prevista para o preenchimento do requisito;

  • A data prevista para aposentadoria considerando todos os requisitos;


Além de tudo isso, o relatório ainda mostra todos os períodos de contribuição que constam no cálculo.


E para deixar ainda mais simples, têm também as notas explicativas sobre os termos utilizados e os benefícios.


Você acabou de descobrir que não dá para confiar no simulador do Meu INSS.


Afinal, você viu como as simulações deixam a desejar e a melhor alternativa do benefício previdenciário pode passar batida.


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